sábado, 19 de julho de 2008

Vida



Vida moldável,
Como plasticina, inerte,
Formada e transformada,
Ao sabor dos dados,
Ao sabor dos impactos do exterior,
Ou objectivos nela introduzida!

Podemos pensar, repensar, ressentir,
Mas os factos não mudam.
A vida está em mudança constante,
É dinâmica e ruminante.
Contaminada por um vírus,
Onde a noção e o pecado de culpa
Nos perseguem.

Raiva, ódio, encontraram, nela, abrigo,
Agindo sem discernimento
Tentando encontrar justificação,
Para os nossos desejos e ímpetos.

Vida, é suspeita e vigiada por si própria,
Em relação a qualquer coisa:
- Sou porque sou, vi ou quero ser!

É renegação de nós mesmos,
Manipulação do homem pelo homem.
A não tomada de consciência,
Do amor e da criatividade,
Leva ao serviço pelas raivas
Das injustificações de certas acções.
Conhecermo-nos a nós mesmos,
Despidos das nossas capacidades.

Vida, criança activa, que vibra em nós
Com uma vitalidade de sempre e para sempre!
As crianças com suas riquezas,
Pedidos, olhares, capacidades,
Deixam-nos guiar a nós próprios,
Ousando a ser e viver,
Segundo o nosso potencial
Que não devemos perder.

Vida, é um rio interrompido,
Parcialmente, por diques,
Que só nós os podemos mover!


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